segunda-feira, 2 de março de 2015

Luz maior com sétima

Sorrisos amarelos sobram no estoque, extrovertidos e fúteis. Vez ou outra, um sorriso esbranquiçado transparecendo uma emoção real. Mas o azulado só uma pessoa tem.
É como se o céu, tendo se cansado de ser tão grande e sem sustento, compactou-se para dentro da boca daquela criatura. A paz transformou-se em cor e habita-lhe o esmalte dos dentes. Quando este ser ri, a imensidão azul, esplêndida e imprevisível, expõe-se sem vergonha . Contagia. Me esmaga o peito.
A soma dos meus passos até aqui, das viagens e seus quilômetros, da distância do mundo inteiro, não me atrái. Aqueles um metro e oitenta sim, me bastam.
Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, ma...

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